É preciso conhecer um ao outro
- Pastoral Familiar Arquidiocesana
- 8 de jan. de 2021
- 3 min de leitura

De repente, o jovem casal se acha frente a frente com a realidade: já são mais solteiros. Ai começa o "viver uma só carne" que significa que duas pessoas partilham o que possuem, não apenas seus corpos, seus bens materiais, mas também seus pensamentos, emoções, sucessos e fracassos.
"É preciso conhecer muito o outro, para conquista de uma qualidade de vida satisfatória". Na maioria das vezes, o tempo de namoro e noivado foi insuficiente para se saber quem é realmente aquele ou aquela com quem se passou a viver a mais íntima de todas as relações humanas.
"1.Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. 2.Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver amor, não sou nada." (I Coríntios: 13,1-2)
E quando duas pessoas vindas de mundos diversos e com personalidades diferentes começam a viver essa intimidade, ai então os desajustes começam a aparecer. Bem diz o velho ditado: "namora-se com a beleza física, noiva-se com as qualidades, mas casa-se com os defeitos".
"3.Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada valeria! 4.O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. 5.Não é escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor." (I Coríntios: 13,3-5)
Quando passam os entusiasmo e o encantamento da "lua de mel", os defeitos vêm à tona. As máscaras caem, a vida em comum tudo revela. Os primeiros choques e as primeiras crises aparecem. Mas se o marido e mulher formam um verdadeiro casal, percebem que para poder crescerem, é necessário reconhecer as falhas. "Quem se considera perfeito, não tem mais como crescer".
"6.O amor não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. 7.Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8.O amor jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará. 9.A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita. 10.Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá." (I Coríntios: 13,6-10)
Seria impossível listar todas as falhas que os casais cometem no decorrer do matrimônio. Veremos apenas as mais comuns:
falta de diálogo;
desaparecimento gradativo do romantismo;
ambos estão muito ocupados;
e não há tempo para uma conversa a dois, tão comum no namoro e no noivado;
não há interesses comuns (vínculos);
cada um constrói uma "vida particular";
realce da agressividade;
impaciência;
intolerância;
nervosismo;
apatia;
relações sexuais sem sentido profundo, mais um ato fisiológico do que uma demonstração de amor e afeto entre o casal;
silêncios prolongados;
deixar de falar um com o outro.
"11.Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei adulto, eliminei as coisas de criança. 12.Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido. 13.Por ora subsistem a fé, a esperança e o amor – das três. Porém, a maior delas é o amor." (I Coríntios: 13,11-13)
A imaturidade talvez seja um dos elementos que mais prejudicam o início de um casamento.
Para superar e vencer as crises, devemos usar as seguintes armas:
o perdão;
a paciência;
o interesse;
e o amor.
E não esquecer de colocar Deus em nossa vida e centralizar nossa vida em Deus.
26.Mesmo com raiva, não pequeis. Não permita que o sol se ponha sobre o vosso ressentimento. 27.Não dê lugar ao maligno. (Efésios: 4,26-27)
Assim como uma planta, o casamento deve ser cuidado, regado diariamente com amor e adubado com compreensão e carinho.
O casal deve assumir o compromisso de não dormir com raiva um do outro, para manter a harmonia conjugar e não dar espaço para o maligno destruir seu matrimônio.
Este texto, faz parte de um curso de formação para recém-casados que desejam compreender o plano de Deus para uma vida matrimonial harmoniosa.
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